sábado, 20 de março de 2010

Farmácia / Posto Médico / Escola

Na Farmácia, os medicamentos eram fornecidos aos operários e às suas famílias gratuitamente, bem como as consultas médicas e os domicílios.
Como não existia outra farmácia na região, a Companhia das Minas abriu a sua farmácia a todos os habitantes da sua região.
A Escola Profissional da Mina destinava-se principalmente à formação de capatazes conscientes. O curso era de 3 anos, nos quais é dada a habilitação de instrução primária.





Fonte: Folheto fornecido pela Casa da Malta/Museu Mineiro
Cooperativa (cantina) / Padaria

A cooperativa ou cantina como é mais conhecida entre os trabalhadores, é uma secção de venda da Companhia das Minas, onde os operários encontravam todos os géneros mais baratos que o preço corrente no mercado.
A padaria produzia broa, a base de alimentação da população de S.Pedro da Cova.
A broa fabricada a Padaria da Companhia das Minas é o chamado pão de milho.






Fonte: Folheto fornecido pela Casa da Malta/Museu Mineiro
Escombreira

Escombreiras são plataformas artificiais formadas pelo depósito de resíduos estéreis, no caso de S.Pedro da Cova, resultantes da exploração de carvão.
O único vestígio deste género, ainda presente na freguesia, é a escombreira que teve maior importância durante os anos de extracção de carvão, denominada por Alto Gódio, e é formada essencialmente por materiais xistosos e xistos-carbonosos, sendo visível em grande parte da freguesia, nomeadamente nas zonas mais altas. É facilmente identificada devido à sua cor: o negro.



Fonte: Folheto fornecido pela Casa da Malta/Museu Mineiro

Bairro Operário


Surge da necessidade de aumentar o número de operários, funcionando como um chamariz para operários oriundos de outras regiões.
A construção do primeiro bairro operário de S.Pedro da Cova teve início em 1920, e em 1921 já possuía 92 habitações.




Fonte: Folheto fornecido pela Casa da Malta/Museu Mineiro


Greves de Operários

Existiram enumeras greves dos trabalhadores mineiros pela luta de melhores condições de trabalho e de salário. Entre outras, destacam-se :

1923 - contra os períodos de 16 horas consecutivas de trabalho;

1946 - contra o "patronato nazi-fascista".

Março de 1970 - encerramento das minas
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22 Maio de 1975 - Ocupação dos escritórios por parte dos operários mineiros.


As Minas e o Carvão

Inicialmente, a extracção de carvão não era feita em grandes quantidades, sendo só usado para uso doméstico. Contudo a sua exploração foi ganhando outras dimensões e na primeira metade do séc. XX a sua extracção era sobretudo para a utilização industrial (produção de vapor, energia termoeléctrica...). É nesta época que o carvão e as minas atingem o seu apogeu, foi quando se abriu o poço de S.Vicente, atingindo os 157 metros de profundidade e este é hoje uma das únicas recordações desta actividade que tanta importância teve no nosso concelho. Foi instalado também (antes da construção do poço de S.Vicente), em 1914, um outro equipamento necessário, o cabo aéreo de nove quilómetros de extensão que permitia o transporte de carvão em pequenos vagões, desde as minas à, principalmente, cidade do Porto (Monte Aventino). Outro meio de transporte era a zorra - "carros eléctricos", adaptados para a troca de mercadorias e dada à sua característica sujidade, devido ao pó negro de carvão, eram apelidados de viúvas.
Mas com a revolução do 25 de Abril e com o desenvolvimento da indústria, da tecnologia e da energia que não parou, na segunda metade do séc. XX trouxe uma nova realidade negativa para a população mineira. Devido ao petróleo e a produção hidroeléctrica, a extracção do carvão baixou, tornando-se cada vez mais escasso e, em 1970, a exploração mineira de S.Pedro da Cova é encerrada. Como principal consequência, os ex trabalhadores passavam fome e miséria.